quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Estadio Nacional de Brasília Mané Garrincha



   A construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha segue em ritmo acelerado: 81% de sua execução foi finalizada. Agora, a obra segue para mais uma etapa: a montagem da cobertura.
A parte dos equipamentos que chegou a São Paulo já está em fase de testes. Fabricados na Inglaterra e na China, os 48 macacos hidráulicos que içarão os cabos de sustentação da cobertura estão sendo calibrados e inspecionados por técnicos ingleses do consórcio ganhador da licitação – e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Até o fim da semana, todas as peças serão testadas para, então, serem transportadas para a capital federal.
Cada um dos macacos hidráulicos será responsável por erguer um dos 48 cabos de sustentação, fixados nas placas-base que já estão sendo instaladas no anel de compressão. Os macacos têm 2,5m de altura e capacidade para erguer até 110t de carga.
Além da sincronia e precisão necessárias, o içamento automatizado dos cabos garante a geometria circular da cobertura. Em seguida, serão montadas e instaladas as treliças que formarão a base para a colocação da membrana da cobertura.
Propriedades especiais
A cobertura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é uma das inovações tecnológicas que a obra exibirá. Funcionando como sistema de “roda de bicicleta invertida”, ela é composta por uma estrutura tensionada com cabos e treliças metálicas e revestida por uma membrana que cobrirá todos os assentos do estádio.
Essa membrana, de 90 mil m², é autolimpante, permite a passagem de luz natural, retém o calor e, ainda, retira a poluição do ar. A estrutura chegará ao Brasil em dezembro.
Em contato com o sol, ela é capaz de retirar gases poluentes da atmosfera, numa quantidade equivalente ao produzido por cerca de mil veículos por dia. A água da chuva também será captada pela cobertura e pelo piso permeável da área externa do estádio. Ela será armazenada em cinco cisternas e em um lago que fará parte do paisagismo no entorno da arena. A água não potável será utilizada nos vasos sanitários e mictórios, na irrigação do gramado e na lavagem em geral. O sistema armazenará 6,84 milhões de litros de água. Isso representa 80% da demanda do estádio e equivale a encher duas piscinas olímpicas e duas semiolímpicas.
O anel de compressão também terá importante papel na questão da sustentabilidade. Construído em concreto, facilitará a instalação das placas fotovoltaicas, responsáveis pela captação da energia solar. Serão dispostas 9,6 mil placas, com capacidade para gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de quase 2 mil residências por dia.
Ecoarena
Dessa forma, o estádio caminha para ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de sustentabilidade. O selo Leed Platinum ― entregue após a conclusão da obra ― é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. Hoje, nenhum estádio de futebol no mundo possui o selo Platinum.
O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto. São usados materiais recicláveis ou reciclados na construção. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou em cooperativas de reciclagem do Distrito Federal. Depois de pronto, haverá utilização dos ventos e captação de energia solar e de água da chuva.]
Multiuso
O estádio terá assentos marcados e retráteis, a uma distância inicial de apenas 7,5m do campo de futebol. Este, por sua vez, foi rebaixado 4,8m de sua altura original, permitindo maior visibilidade para todo o público.
Construído como arena multiuso, o estádio é adaptado para a realização de grandes eventos nacionais e internacionais. A arena passará por licitação para que uma empresa especializada em entretenimento a administre e garanta um calendário de eventos, aquecendo, assim, o setor de serviços, como bares, hotéis, restaurantes e táxis. Dessa forma, haverá geração de emprego e renda, melhorando a qualidade de vida da população.
Para o Governo do Distrito Federal, a oportunidade de realizar a abertura da Copa das Confederações (2013) e receber o número máximo de jogos da Copa do Mundo (2014), sete ao todo, é um potencializador de investimentos em obras de infraestrutura, qualificação profissional e desenvolvimento do turismo, que ficarão como legado para a capital.
Legado que já pode ser percebido 
Por ser sede da Copa, Brasília receberá do governo federal cerca de R$ 3 bilhões em obras de mobilidade urbana, infraestrutura e segurança, o que comprova o poder transformador dessas competições.
O Estádio Nacional também está em local privilegiado, a cerca de 3km dos setores Hoteleiro e Hospitalar, do Centro de Convenções e do Parque da Cidade. Isso possibilita que a Copa em Brasília seja de fato verde, realizada a pé ou de bicicleta.

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Primeira Presidente da LDV. Claudenir Constâncio da Silva (Claudinha) chamou a atenção por ser a primeira mulher a assumir uma Liga de Futebol Amador do Distrito Federal. Ela foi a presidente da Liga Desportiva do Varjão (LDV) no ano de 2005 e 2006, Maranhense nascida em Dom Pedro, veio para Brasília com 1 ano e meio. A paixão pelo futebol não é de agora, Claudinha jogou por várias equipes femininas da cidade, até chegar a hora de se afastar dos gramados como jogadora. Mas isso não fez com que abandonasse o futebol. Desde 1998, além de auxiliar a presidência anterior da liga da satélite, comandou o Racing (equipe da cidade que hoje é comandado pelo seu irmão Claudemir Constâncio mas conhecido como negão) como técnica.

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